Na história vemos um pobre rapaz, educado à maneira eucarística, que vive às custas da vida e por futuro; da e herança de sua tia, Maria do Patrocínio, mulher deveras religiosa, que vê em seu inocente sobrinho um futuro para a família, não vendo problemas em dispender gastos e mais gastos para as ditas “obras pastorais” de seu querido sobrinho. Afinal, Raposo vive de forma “íntegra”, em prostíbulos, tavernas e tudo o que se é considerado pela mente da época como pecador, vicioso e herético (aos sádicos leitores, favor não confundir com erótico). Verdadeira obra digna de constar nos livros que não devem ser lidos pelos católicos, artífice esse extremamente ineficaz utilizado pela Igreja , já que impulsiona a leitura, dos tidos livros proibidos aos fiéis.
Ironias à parte; é sob este arquétipo criado pela personagem principal, nosso herói, ou não... Que o drama se desenvolve, vivendo em vida dupla, hora como santo aos olhos da enferma e já muito velha, tia; hora como “pecador” e boêmio pela sociedade à vista. Joaquim procura convencionar sua vida às custas de sua parenta, sem que a máscara caia. E é em uma dessas incursões, que o rapaz resolve viajar para o oriente médio, em missão católica, é claro... Porque seria diferente a pensar do santíssimo Raposo!?... Pois é meus camaradas e tal cruzada é financiada pela catolicíssima tia que vê no sobrinho o futuro da Igreja e da população marcada pelos vícios.
Romance