Eu estava sonhando quando conheci Artur. Mas hoje, até parece que o conheci de verdade.
Era um garotinho de cabelos castanhos e o rosto cheio de sardas.
Veio até mim com um grande sorriso e um livro nas mãos.
Depois de apresentar-se, perguntou se eu podia publicar seu livro na Terra.
Disse-me em poucas palavras que seu livro contara como ele conseguira, após sua morte, com a ajuda de um guia chamado Rerrom, reinventar o amor.
E depois, tal como tinha vindo, ele levantou vôo e se foi.
Na manhã seguinte, quando abri os olhos, não me surpreendi ao ver o livro de Artur ao meu lado.
Desde então, não se passa uma hora sem que eu olhe para o céu.