O que têm em comum jogadores de um time de futebol, velhinhos aposentados e o subsolo contaminado? Fora habitarem a mesma cidade, Volta Redonda, o fato de nutrirem, como a maioria da população e até o arcebispo Dom Waldyr Calheiros, aversão ao empresário Benjamin Steinbruch, controlador da Companhia Siderúrgica Nacional, a CSN. É ele o homem retratado em 'A Usina da injustiça'. Empresário reconhecido como empreendedor, ele acumula contra si acusações que fazem crer que responsabilidade social é apenas uma questão abstrata em seu método de gerenciar. O livro é prefaciado pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, que apoiou a privatização das usinas siderúrgicas, no início dos anos 90, e está decepcionado com as ações de Benjamin Steinbruch. Em 'A Usina da Injustiça' há depoimentos, com nomes e fotos, de desafetos de Steinbruch. Depois de um amplo cadastramento das áreas pertencentes à siderúrgica na cidade, ele fechou o Parque da Cicuta, que a cidade usava para lazer, desalojou de seu campo o time de futebol do América, destruiu com trator uma horta de velhinhos que não quiseram sair de suas terras e vem perseguindo muito mais gente.