A vaca e o hipogrifo

A vaca e o hipogrifo Mario Quintana


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A vaca e o hipogrifo





Editada pela primeira vez em 1977, A vaca e o hipogrifo apresenta Mario Quintana no esplendor da maturidade como poeta.

O título mostra a informalidade do autor, empregando constantemente expressões do cotidiano e se utilizando tanto da prosa quanto do verso - como em seu Caderno H, coluna que manteve durante décadas no Correio do Povo, de Porto Alegre. No entanto, mesmo com a espontaneidade aparente em sua escrita, que poderia soar ingênua com sua linguagem simples, encontra-se uma constante experimentação de formas. O livro abre a série de lançamentos programada pelo selo Alfaguara para a obra de Quintana. Em A vaca e o hipogrifo, com mais de 200 textos, estão reunidos pensamentos, aforismos, anotações, poemas e breves crônicas, reunindo prosas, miniprosas e poemas. Por muitas vezes próxima à forma de um diário, o título permite experimentar o domínio de Quintana no contraste entre os versos e a prosa, que também se mesclam. Foi como cronista diuturno, em diálogo permanente com o público, que Quintana acabou encarnando exemplarmente a figura de poeta do povo e de sua cidade. Mas é justamente por sua condição de cronista e poeta e pela aguda sensibilidade de leitor, demonstrada em seu texto espirituoso e esclarecido, que Quintana assume essa dimensão universal.

A vaca e o hipogrifo traz em sua inteireza a dupla persona de cronista e poeta enredada na assinatura de Quintana. Este é o livro em que se pode melhor observar como essas duas faces acabaram por integrar-se e alimentar-se uma à outra. Ao ler o cronista do Caderno H, o leitor se deparava com o poeta. Diante disso, o fato de Quintana escrever em verso ou prosa tornava-se de menor importância. Nos textos recolhidos, que tanto sucesso fizeram quando de seu lançamento, o autor assume com muita segurança o papel de mediador entre os seus leitores e a cultura literária. Assume assim a parte que lhe toca no espaço público: promover a união entre conhecimento literário e experiência vivida.

Ainda hoje, e para sempre, a leitura de A vaca e o hipogrifo constitui excelente introdução ao repertório literário básico, através do exercício de um saber com sabor, leve e delicado, mesmo nos momentos de melancolia e nostalgia.

Crônicas / Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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Quintana
on 3/7/23


A leitura interrompida A nossa vida nunca chega ao fim. Isto é, nunca termina no fim. É como se alguém estivesse lendo um romance e achasse o enredo enfadonho e, interrompendo, com um bocejo, a leitura, fechasse o livro e o guardasse na estante. E deixasse o herói, os comparsas, as ações, os gestos, tudo ali esperando, esperando... Como naquele jogo a que chamavam brincar de estátua. Como num filme que parou de súbito.... leia mais

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Alê | @alexandrejjr
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