Tendemos a pensar que a vida intelectual é alguma enorme intuição que vem a nós numa agradável manhã, enquanto nos barbeamos ou tomamos café. Sertillanges não nega que alguma intuição nos chega dessa forma. Mas, o curso normal das coisas exigirá, ao contrário, uma preocupação permanente em perseguir a verdade, em conhecer, em ser curioso sobre a realidade. (...)
Eu colocaria A Vida Intelectual sobre a escrivaninha de todo estudante sério e da maioria dos negligentes. De fato, Platão disse que nossas vidas não são “sérias” em comparação com a de Deus. Algo do relaxado lazer, daquela sensação de liberdade que vem com o conhecimento e com o desejo de conhecimento, é instilado em nossas almas por este livro. Sua mera presença em nossas escrivaninhas ou estantes é um estímulo constante, um lembrete visível de que a vida intelectual não é algo estranho, algo que não podemos, do nosso jeito, alcançar. (por Antonio Emilio Angueth de Araujo)