Nesse processo de encaminhar-se para o casamento, prolongando e consolidando progressivamente a sua intimidade, os futuros esposos contam com o apoio decisivo de uma instituição que se poderia chamar de "casa de solteiros para uso limitado", a qual, na verdade, sugere à primeira vista a ideia de um "concubismo grupal". É evidente que, para tornar possível a casais de amantes a coabitação em caráter permanente, é necessário haver uma casa que lhes assegure a privacidade. Vimos os expedientes de que lançam mão as crianças e os ninhos de amor - mais confortáveis, porém ainda não permanentes - dos rapaez e moças na adolescência; e é óbvio que deve existir, para os jovens envolvidos em ligações duradouras, uma instituição especial, mais explicitamente estabelecida, mais confortável fisicamente e que, ao mesmo tempo, receba a aprovação do costume.
Não-ficção