A Vontade de Amar

Arthur Schopenhauer (1788-1860), tido como o filósofo do pessimismo, vem, juntamente com outras de suas grandes obras, diga-se de passagem "Metafísica do Amor" e "A Arte de Ser Feliz", apresentar ao mundo uma filosofia de nada prolixa ou difusa. Em "A Vontade de Amar", Schopenhauer trata da questão do amor, da fidelidade, das preferências sexuais masculinas e femininas, sempre partindo de considerações que caracterizam sua filosofia, tendo em vista o valor do instinto humano como uma força interior capaz de nos iludir pelo bem da espécie...interessante?

Schopenhauer estudou os primeiros conceitos do que é hoje a psicanálise freudiana. Do ponto de vista teológico, Schopenhauer elimina Deus e o substitui pela vontade superior da natureza, intercessória em todas nossas vontades. Além de tudo, ele, em "A Vontade de Amar", condena a infidelidade feminina e testifica a infidelidade masculina, como? Eis a natureza...Arthur Schopenhauer, esse alemão de família burguesa e admirador de Goethe, não condena o suicida e tenta provar a inferioridade do intelecto feminino, a vontade como representação maior da espécie em busca de sua continuidade...instigante?

Para dar uma pequena prévia desse fantástico livro, Schopenhauer explica que a razão da procura e excitação maior do homem em relação às mulheres mais novas, entre 18 e 30 anos, deve-se à vontade superior da espécie, que inclina o homem para tal buscando a geração de filhos, ou seja, por estarem em idade fértil essas mulheres atraem mais os homens. Considerações particulares desse humilde admirador da genialidade schopenhauriana, "A Vontade de Amar" é uma pérola para aqueles que sempre inquiriram o porquê do amor e da paixão.