Achados da Geração Perdida

Achados da Geração Perdida Rodriguez-Hunter


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Achados da Geração Perdida





Outono de 1908, estúdio do jovem (e duro) pintor Pablo Picasso, no decadente bairro de Montmartre, Paris. Trinta amigos reúnem-se para um banquete em homenagem ao pintor sexagenário Henri Rousseau. Picasso destina 50 garrafas de vinho para a festa e a comida, uma enorme paella valenciana, é preparada por Fernande Olivier, namorada do pintor.



Assim começa a orgia gastronômica de Achados da Geração Perdida, um festim celestial onde escritores, artistas, músicos e bailarinos da Paris dos anos 20, os Anos Loucos, são os comensais.



Partilhe um escargot a la Bourguignon com Hemingway e Scott Fitzgerald. Reviva o banquete oferecido por Picasso ao pintor Henry Rousseau, juntamente com George Braque e Apollinaire. Sente-se à mesa com James Joyce e sua editora Sylvia Beach para beliscar ostras e aspargos com maionese ao vinho tinto. Tome um chá com Gertrude Stein. Deguste uma sopa de cebolas no mítico Les Halles, o grande mercado no centro de Paris, com Man Ray e Kiki de Montparnasse.



Em trinta esquetes apetitosos, a autora reconstitui deliciosamente os prazeres da Geração Perdida, a primeira fornada de artistas do Modernismo, "no único lugar do planeta que nos dá a oportunidade de viver numa atmosfera normal para um ser humano", nas palavras de Richard Wright. Paladar e boa conversação sempre foram ingredientes obrigatórios no livro de receitas do savoir vivre, o que pode se constatar prontamente na reconstituição habilidosa da aura de uma época tão bem delineada por Rodriguez-Hunter. Não fosse pelo diálogo ao redor de uma mesa, a refeição seria mero pasto. Desta forma não nos diferenciariamos dos animais. Estes podem encher o estômago em silêncio. Para os seres humanos, trata-se de nutrir o corpo e a alma com o complemento de uma amena conversação espirituosa, temperada pelos sabores mais transcedentais. Daí tantas regras sobre o que dizer e como falar a mesa. O diálogo congrega aqueles que a comida tenderia a separar, por sua atração irresistivel. É para esta festa constante de inteligência e bom gosto da década de 20 que Rodriguez-Hunter convida seus leitores. Bon appétit!



By anosloucos.blogspot.com

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on 27/1/12


Esse livro eu encontrei completamente por acaso, fuçando livros de dieta na biblioteca lá da UnB. Desisti das dietas quando o encontrei. Maravilhoso! Não é um romance, é uma junção de pedaços de biografias com pedaços de diários, meio livro de crônicas, meio livro de receitas...E como fala de escritores (em sua maioria americanos expatriados) e pintores na Paris de 1920, foi ótimo de ler. Picasso, Joyce, Fitzgerald, Brancusi, Hemingway... Além disso, as receitas são de dar água na boc... leia mais

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CrisValmont
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22/01/2010 19:10:55

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