No cenário incomparavelmente belo dos lados da Estíria, na Áustria, desenrola-se um drama de intenso suspense.
Num daqueles lagos profundos e azuis, queridos pelos turistas e pelos fotógrafos, os nazistas, na véspera da derrota, haviam escondido um cofre cheio de documentos da maior importância para muitas vidas.
De repente, muitos anos depois, o lago e o cofre tornam-se centro de curiosidades e cobiças. Antigos nazistas, russos, ingleses, americanos, franceses e até austríacos, apesar da neutralidade a que se viam obrigados, pairam em torno do lago numa ronda sinistra e agitada, dirigida pela perfídia, pela traição e pela morte.
Um advogado americano, tranquilo e até então alheio a todas essas andanças, vê-se então involuntariamente colhido na sarabanda e tem de fazer as suas primeiras armas no mundo torvo da espionagem.
É esse o tema que Helen MacInnes, com a perícia já conhecida pelo público brasileiro pelos seus livros anteriores inclusive Aconteceu Em Veneza e Aconteceu no Tirol, desenvolve numa mistura admirável de emoção, de lirismo e de grande objetividade narrativa.
Em alguns pontos, o seu livro se torna mesmo um caderno de viagens com a descrição encantada das paisagens alpinas, dos lagos e da ilustre cidade de Salzburg, pátria de Mozart e quartel-general dos espiões que se apresentam nestas páginas férvidas com as suas baixezas, e às vezes, com os seus heroísmos, numa sucessão de empolgantes episódios.
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