Do que se trata essa belíssima produção?
A História parece ter o censurável hábito de esquecer a literatura produzida por mulheres. Seus nomes, suas vozes, sua arte e suas lutas perdem-se na narrativa que revela o presente e que determina os contornos do futuro, sempre escrita por mãos masculinas.
Grandes escritoras de séculos passados, talentosas, corajosas e ousadas, já não frequentam as listas de leituras. O passado se transforma em um retrato ilustrado a partir das cores e tons escolhidos por homens, a arte de extraordinárias autoras se tornando tesouros perdidos através do tempo.
Aeternitae nasceu da vontade, enorme, gigantesca, efervescente, de resgatá-las. Um livro com carisma de uma revista literária de outrora, com outros a serem publicados, no futuro, para formar uma coleção de resgate.
Nas páginas, contos, poemas, crônicas, em suma, textos de grandes nomes da Literatura de língua portuguesa, de grandes mulheres das artes ignoradas pela maioria, autoras de textos que jamais deveriam cair no menor nível de esquecimento.
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Imagine uma grande mesa, ao redor da qual sentam-se grandes escritoras do século passado. Debatem a arte, o amor, a vida. Imagine que cada uma dessas extraordinárias mulheres se debruce então sobre suas folhas, realizando registros, escrevendo histórias que ajudarão a compor a própria história da humanidade.
Imagine que exista um livro que reúna tantas obras, que permita assistir às cenas de outrora. Esse é Aeternitae, um livro que visa ao resgate de brilhantes escritoras de outros séculos, que se perderam ao longo do tempo. Conhecer o passado é fundamental. E conhecer a arte produzida por mulheres é sinônimo de resistência, contra uma maré que insiste em deixá-las longe da superfície.
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Quem são as grandes autoras presentes na primeira edição de Aeternitae?
Amelia de Freitas Bevilaqua, Anna de Castro Osório, Belisbela, Emília Freitas, Francisca Clotilde, Júlia Lopes de Almeida, Maria Augusta Meira de V. Freire, Maria Benedita Bormann (Délia), Maria Firmina dos Reis e Úrsula Garcia.
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