Este livro traça uma topologia da derrota na narrativa latino-americana da pós-ditadura no Cone sul. Ancorado em linhas mestras do pensamento contemporâneo – de Freud, Nietzsche, Benjamin e Derrida, passando por Nicolas Abraham e Maria Torok, entre outros –, Idelber Avelar exerce uma crítica intempestiva, que “pensa o fundamento do presente, desgarrando-se dele para vislumbrar o que esse presente teve que ocultar para constituir-se enquanto tal”, refratária tanto à adaptação a qualquer custo às leis do mercado quanto à nostalgia do caráter aurático do literário. Indaga-se pelo estatuto da escritura literária na época da decadência definitiva de sua relação com a experiência, e objetiva-se a “avaliar como e sob que condições de possibilidade a literatura lida com o passado”.
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