Alucinação

Alucinação Henrique Marques-Samyn

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Alucinação





Faz parte de um projeto da MOJO Books de transformar canções em livros, um trecho:
Chegou ao casebre às seis, como haviam combinado. Ali na subida do morro parou diante do portão, bateu palmas três vezes; pouco depois ele desceu, sorridente abriu a porta, “então é você o repórter”, trocaram algumas palavras e foram até o bar na esquina, “aqui, eu penso melhor, pinga da boa, mexe as idéias”. O outro pegou o gravador.
Seguiram pela calçada, aqui o repórter, ao lado o mulato, cujos passos frágeis e trôpegos se deviam, talvez, à idade, embora em seu hálito fosse inconfundível o odor de cerveja da mais vagabunda. Era, esse, o mesmo repórter – o mesmo que, alguns dias antes, visitara a favela, não essa, mas outra, e ouvira as lágrimas da velha senhora. Não chegara a conhecê-lo, não sabia de quem falavam, esse mulato, aquela senhora; mas parecia um homem grande, sem dúvida um homem de grande futuro; grande, no entanto, perdido futuro.

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deborafv
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17/06/2012 08:53:56

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