Prosseguindo com o relançamento das obras de Manuel Bandeira, a Global Editora leva às livrarias Antologia poética Manuel Bandeira — uma coletânea organizada pelo próprio autor, em 1961, que reúne perto de duzentos e cinquenta poemas publicados nos livros A cinza das horas, Carnaval, O rimo dissoluto, Libertinagem, Estrela da manhã, Lira dos cinquen’anos, Belo belo, Opus 10, Estrela da tarde, Poemas traduzidos e Mafuá do malungo.
Segundo os estudiosos, Manuel Bandeira, em sua poesia, abandonou o tom retórico de seus predecessores e usou a fala coloquial para tratar, com objetividade e humor, de temas triviais e eventos do dia a dia. Apesar de sua refinada sensibilidade, que remonta aos clássicos portugueses, o autor era capaz, também, de se fascinar com o insólito e o corriqueiro.
Em julho de 1961, Bandeira escreveu, no prefácio, o que melhor sintetiza a ideia original do que vem a ser esta obra: “A antologia atual é mais completa que as anteriores por incluir também poemas de circunstâncias, constantes do livro Mafuá do malungo, e traduções que fiz de poetas estrangeiros, tiradas do livro Poemas traduzidos. Além disso, recolhem-se nela alguns poemas recentes ainda não coligidos em livro. Como nas duas primeiras, aqui o critério foi marcar a evolução da minha poesia, aproveitando de cada livro o que me parecia representar melhor a minha sensibilidade e a minha técnica”.
Literatura Brasileira / Poemas, poesias