Casa é dentro ou fora? Tem quatro paredes ou forma de gente? Provocante em sua sutileza, intenso na mesma medida em que escorre fácil pelos dedos e olhos, “Aprendi a gostar de estar em casa” nos conta sobre a autora, mas também um tanto sobre nós, que o lemos como quem faz uma oração. Este livro é sobre isso: é uma reza ao mundo. Um pedido-desejo. Uma prece sussurrada em silêncio. Uma declaração de amor aos caminhos tantas vezes tortos e incompreensíveis da vida.Letícia Bailante se abre, expõe sua alma passarinha em forma de letra e conversar conosco sobre temas tão importantes e urgentes que estão ali, discretos ou explícitos: relacionamentos abusivos, vícios, reviravoltas da vida e caraminholas que habitam a muitos de nós. Em um momento histórico no qual nos vimos forçados a ficar em casa, este livro nos lembra que um lar é muito mais do que cimento, tijolos e telhas. É, paradoxal como só a própria vida, em nós e no outro. Destino e caminho. Casa é o mundo todo e nosso próprio peito ao mesmo tempo.[Frida Popp]
Poemas, poesias