"Eu estava irritado com o adolescente que fui, e indulgente, pois sabia que não poderia ter sido diferente. Eu desejava ao mesmo tempo expor, condenar e explicar: Ora, Shelley conhecera os mesmos fracassos, com cem vezes mais grandeza e graça, mas por razões bastante próximas... Em lugar do orgulho e das certezas da adolescência, surgia em mim uma necessidade viva de piedade, de humildade, e nisso também me identifiquei com Shelley: o dos últimos dias... Sim, na verdade o tema me pareceu admirável."
_André Maurois_
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