Por que os povos eurasianos conquistaram, desalojaram ou dizimaram nativos das Américas, Austrália e África? Por que não foram os nativos americanos, africanos e aborígines australianos que subjugaram ou exterminaram os europeus e asiáticos? O biólogo evolucionista Jared Diamond redireciona estas questões, freqüentemente respondidas em termos racistas, revelando fatores ambientais como os reais responsáveis pelo curso dos acontecimentos. "Armas, germes e aço" conquistou o Prêmio Pulitzer de 1998 ao mostrar como a história e a biologia podem se enriquecer mutuamente, produzindo uma compreensão mais profunda da condição humana.
Por meio de uma intrigante revisão da evolução dos povos, em uma viagem através de 13.000 anos de história dos continentes, Jared Diamond conclui que a dominação de uma população sobre outra tem fundamentos militares (armas), tecnológicos (aço) ou nas doenças epidêmicas (germes), que dizimaram sociedades de caçadores e coletores, assegurando conquistas. Assim, alguns povos desenvolvem a tecnologia que proporcionou a expansão de seus domínios e aumentou a resistência a doenças, entre outros fatores, conferindo-lhes grande poder político e econômico.
Valendo-se da geografia, da botânica, da zoologia, da arqueologia e da epidemiologia, Diamond nos faz ver como a diversidade humana é o resultado de um processo histórico, e não de particularidades referentes a inteligência ou aptidões. Ele conclui que a história seguiu determinados rumos para os diferentes povos devido às diferenças entre ambientes e não as diferenças biológicas.
"Armas, germes e aço" aborda as origens dos impérios, da religião, da escrita, das colheitas e das armas. Fornece as bases das diferentes evoluções das sociedades humanas nos continentes, derrubando teorias racistas. Este relato da formação do mundo desafia o conhecimento convencional e traz indispensáveis lições para o futuro.
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