Artigos e textos jornalísticos

Artigos e textos jornalísticos Zelda Fitzgerald


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Conhecida como a primeira melindrosa ou a “it girl” original, Zelda Fitzgerald (1900-1948) publicou apenas um livro durante sua vida, o romance Esta valsa é minha, de 1932. No entanto, entre os anos de 1917 e 1948, quando morreu em um trágico incêndio no sanatório em que estava internada com diagnóstico de esquizofrenia, ela escreveu uma série de contos, artigos e textos jornalísticos. Alguns desses textos chegaram a ser publicados — embora quase sempre assinados também por seu marido, F. Scott Fitzgerald. Parte dessa produção esparsa, objeto de estudo de pesquisadores pelo mundo, começa finalmente a chegar ao público brasileiro com a antologia que a Ponto Edita lança agora.

Artigos e textos jornalísticos reúne 13 textos raros da autora, entre os quais O livro mais recente de meu marido, uma debochada resenha de Os belos e malditos na qual Zelda ironiza o fato de páginas desaparecidas de seu diário ressurgirem no romance de Scott, e o conto O iceberg, publicado no jornal literário da escola onde ela estudava, redescoberto em 2013 e até agora inédito em livro. Escrito quando Zelda tinha por volta de 17 anos, o conto retrata e desafia, com ironia fina, os papéis que a conservadora sociedade americana do início do século 20 esperava das mulheres.

Entre os textos compilados estão ainda Elogio da Melindrosa, cujo tom satírico transmuta-se na comédia atenta e mascarada de Todo homem casado tem um dia um momento de revolta? A melodia reflexiva e urbana de A beleza inconstante da Park Avenue, por sua vez, dá lugar à leveza censuradora de Tinta e pó e Que fim terá levado a melindrosa?, e a nostalgia dolorida de Acompanhe o sr. e a sra. F ao quarto — e Leilão — Modelo 1934 se desmancha na idiossincrasia colorida de Sobre F. Scott Fitzgerald.

No prefácio que escreveu para a edição, Marcela Lanius, especialista em escritores do período modernista e uma das principais pesquisadoras da obra de Zelda Fitzgerald no Brasil, aponta a importância da publicação desses textos e propõe que a artista seja lida não como grande heroína ou esposa de um escritor famoso, mas como uma autora modernista por seus próprios méritos: “que esta seja uma oportunidade para não mais reproduzirmos os discursos que nos cercam, mas sim para encontrarmos um novo”, escreve.

A edição da Ponto Edita propõe uma leitura contemporânea das facetas de ensaísta, contista, bailarina e artista plástica de Zelda Fitzgerald ao apresentar sua produção menos conhecida em diálogo com as intervenções artísticas da escritora brasileira Clara Averbuck e da cartunista Bruna Maia.

Um dos principais nomes da literatura brasileira contemporânea, Clara Averbuck envia uma carta ao passado e engata uma conversa ficcional com Zelda. Já a cartunista Bruna Maia, famosa por abordar temas como transtornos mentais, feminismo e dilemas geracionais com acidez aguçada no perfil @estarmorta, de enorme sucesso no Instagram e no Twitter, cria uma série de crônicas visuais que estabelecem um diálogo forte e coerente entre as diversas manifestações do trabalho de Zelda e acentuam a atualidade dos temas retratados nos textos.

Artigos e textos jornalísticos é o livro nº 4 da Ponto Edita.

Contos / Ensaios / Literatura Estrangeira

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