Tema polêmico e delicado é o deste livro, como reconhece de saída a própria autora. Seu campo empírico é a UFBA, por ter sido a primeira universidade federal a iniciar a discussão e uma das primeiras a implementar a reserva de vagas, razão pela qual serviu de modelo para o Projeto de Lei sobre o assunto.
O estudo focaliza a política de ação afirmativa, especialmente a reserva de vagas/cotas, contexto de mundialização do capital e da educação; a relação dessas políticas com a reforma do Estado e ajustes estruturais, a posição do governo federal e da UFBA no que concerne às demandas da reorganização do modelo de acumulação do capital. O que se desvela é uma "inclusão excludente", a qual, ao mesmo tempo que incorpora a reinvidicação dos negros e trabalhadores em geral por educação, nega-lhes a possibilidade de acesso a uma educação pública de qualidade, científico-tecnológica, sócio-histórica, e sua permanência na universidade.