A publicação tem origem em uma extensa trajetória de vivência nas salas de aula da instituição, sobre as práticas conservativas do patrimônio histórico edificado paulista e brasileiro. O compartilhamento de informações restrito aos professores e alunos, agora estão disponíveis a todo um público interessado.
Composto por inúmeros textos de autorias diversas, com um sem número de fotos ilustrativas, o livro se torna um compendio elaborado por especialistas na restauração de patrimônio histórico com olhar voltado a preservação e conservação, cujo conteúdo tem como base o desejo de preservar e conservar os bens tombados, antes que o patrimônio se degrade ou após intervenções e reparos, para evitar novos restauros.
A união de profissionais oriundos de diferentes campos de conhecimento (arquitetura, engenharia, história, biologia, química, física, administração, artes, agronomia, geologia, arqueologia, entre outros) e em diversas modalidades de atuação (docência, pesquisa, gestão pública, conservação, restauro), possibilitou a reunião de um vasto conjunto de leituras e proposições de conservação. Como resultado desse intercambio entre professores e alunos surgiu essa publicação direcionada à divulgação dos conceitos e técnicas para todos os profissionais e instituições brasileiras, objetivando criar um olhar para os patrimônios históricos brasileiros.
Para reverter o quadro atual de abandono é preciso valorizar o conceito da preservação, conservação e aplicar conceitos de zeladoria ao patrimônio histórico. Para tanto é necessária uma reeducação de toda sociedade, principalmente dos órgãos públicos, para que entendam que preservar é mais econômico, menos desgastante para as comunidades locais do entorno desses patrimônios pois estimula a economia local e eleva a autoestima e a sensação de pertencimento da sociedade e das populações ligadas direta ou indiretamente aos patrimônios.
As informações apresentadas redundam da trajetória profissional, por vezes técnica e acadêmica, de pessoas que, entre os anos de 2014 e 2015, convidadas a pensar sobre o tema e, em particular, sobre as relações de zelo e apreço. É em meio às suas visões de conservação e experiências de trabalho; de investigação e pesquisa, que se conclui que a conservação nasce do contato mais íntimo com as qualidades estéticas, com o emprego de técnicas construtivas e materiais históricos, com os "humores" dos bens. O cuidar é o resultado de uma convivência prolongada e cotidiana onde se conquistam as condições para atuar de maneira apropriada nas obras conservativas, corretivas, nas ações de restauro, nas reformas e adequações de uso.
Arquitetura e Decoração