Poemas. Em As marinhas, Neide Archanjo faz da experiência marítima um jogo de espelhos, no qual o eu abstrai-se de si próprio para vivenciar o outro até a chegada ao porto seguro da terra, quando a identidade é retomada numa nova perspectiva: a da consciência da incompletude e o decorrente desejo de manter vivos todos os questionamentos que levam ao autoconhecimento. Na interpenetração dos contrários, revela-se a totalidade do ser simultaneamente brasileiro, luso, mulher e homem.