A presença jesuítica na América têm inspirado os cientistas sociais contemporâneos a retomar o estudo da organização interna da Companhia de Jesus, assim como das suas conexões com a expansão do ocidente, em todas as partes do planeta, desde o século XVI. Não raro foram os estudos ultimamente publicados sobre os "começos" da Companhia e as escolhas ou reorientações estratégicas dos seus membros quanto à melhor "política" a executar para corroborar a sua obra missionária ou para enfrentar os problemas práticos que surgiram. Este é o caso, entre outros, dos livros de John O'Malley (The First Jesuits. Harvard University Press, 1993) e de Dauril Alden (The Making of an Enterprise: The Society of Jesus in Portugal, its Empire, and Beyond, 1540-1750. Stanford University Press, 1996).
José Eisenberg tenta explicar, em seu livro (originalmente uma tese de doutoramento defendida na City University of New York, em 1998), a contribuição do que ele nomeia "teoria política jesuítica" para a formação do pensamento político moderno. Em resumo, o autor investiga a maneira pela qual determinados conceitos políticos "elaborados" nas cartas da primeira geração de missionários jesuítas no Brasil (1549-1610) anteciparam algumas mudanças conceituais mais tarde sistematizadas pelos teólogos da Companhia de Jesus em universidades européias, como Juan de Mariana no De Rege et Regibus Institutione (1599) e Luís de Molina no De Iustitia et Iure (1592-1593). . .
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