As paixões e os interesses

As paixões e os interesses Albert O. Hirschman


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As paixões e os interesses


Argumentos políticos a favor do capitalismo antes de seu triunfo




Para Albert O. Hirschman, a história do pensamento econômico está fundamentada na crença de que o capitalismo desperta certas tendências benignas do homem à custa de algumas malignas. Inspirado pelo argumento de Montesquieu, que associava as paixões à maldade das pessoas, tendo elas, ao mesmo tempo, "interesse em não sê-lo", Hirschman apresenta em As paixões e os interesses uma análise original e transdisciplinas que transcende a economia.

Ao lidar com a história das idéias na sociedade capitalista, o autor nos mostra os fundamentos ideológicos do capitalismo de uma forma inovadora, apesar de os conceitos básicos destes remontarem a mais de duzentos anos. Para ilustrar seu complexo painel de idéias, Hirschman visita imagens clássicas, como a do Mefisto no Fausto de Goethe, quando este se autodefine como "uma parcela daquela força que sempre determina o mal e sempre produz o bem".

Hirschman oferece aqui uma nova interpretação para a ascenção do capitalismo, que enfatiza as continuidades entre o velho e o novo, em contraste com a hipótese da brusca ruptura, característica tanto do pensamento marxista quanto do weberiano. Para retratar esta lenta mudança ideológica como um processo endógeno, Hirschman se baseia nas obras de vários pensadores, destacando Sir James Steuart e Adam Smith.

Ao contrário de obras importantes como The Strategy of Economic Development, que serviu a Hirschman para contestar teorias diversas sobre o equilíbrio econômico, este ensaio não pretende, segundo o próprio autor, contradizer qualquer outra tese intelectual em particular. As paixões e os interesses tem a qualidade de não se opor a nenhum conjunto de pensamento, mas de se desenvolver de maneira livre e, sobretudo, independente.

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