As palavras andantes

As palavras andantes Eduardo Galeano


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As palavras andantes





Uma mesa remendada, velhas letrinhas móveis de chumbo ou madeira, uma prensa que talvez Gutenberg tenha usado: a oficina de José Francisco Borges na cidadezinha de Bezerros, no interior do nordeste do Brasil. O ar cheira a tinta, cheira a madeira. As pranchas de madeira, em pilhas altas, esperam que Borges as talhe, enquanto as gravuras frescas, recém-impressas, secam dependuradas no arame de um varal. Com sua cara talhada em madeira, Borges me olha sem dizer nada. Em plena era da televisão, Borges continua sendo um artista da antiga tradição do cordel. Em minúsculos folhetos, conta causos e lendas: ele escreve os versos, talha as pranchas, imprime as gravuras, carrega os folhetos nos ombros e os oferece nas feiras, de povoado em povoado, cantando em ladainhas as façanhas das pessoas e dos fantasmas.

Ficção / Literatura Estrangeira

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on 22/12/13


Janela sobre o corpo A igreja diz: O corpo é uma culpa. A ciência diz: O corpo é uma máquina. A publicidade diz: O corpo é um negócio. O corpo diz: Eu sou uma festa. * “Nas noites de frio, os homens ficam de cócoras, cobertos pelos ponchos, ao redor do fogo. Em rodas de chimarrão e aguardente, fumam e contam mentiras que dizem a verdade. E assim se vingam do frio e da bobagem de viver, e assim passam o tempo que o dia juntou para que a noite o perdesse.” * Mais do blog Lista ... leia mais

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