Paulo Pinóquio mente. Mais do que isso, ele faz da mentira um modo de vida – no que é ajudado por seu imenso talento e inteligência. Sua história é narrada pelo amigo Mário. Os dois se conhecem quando Paulo vem morar no bairro e se torna seu colega de escola. Na aula, Paulo chama a atenção de todos por sua inteligência e seu talento.
Quando a professora pede que os alunos escrevam uma redação, ele apresenta uma história muito bem narrada. Mas é um estudante relapso, que falta às aulas e vai mal nas provas, motivo pelo qual acaba desligado da escola. Opta, então, por enganar os pais: pretende fingir que continua cursando o colégio.
Conta para isso com a ajuda de Mário, a quem convence com a história da suposta doença de seu pai. No começo, as coisas até funcionam, mas chega o momento em que Paulo deve apresentar em casa o boletim com as notas.
Decide falsificar o documento, envolvendo no caso o empregado da gráfica que faz serviços para a escola, o qual imprime, clandestinamente, um boletim.
E é aí que começa a confusão: despedido, precisando de dinheiro (o aluguel estava atrasado), o rapaz da gráfica decide chantagear Paulo. Mário resolve ajudar mais uma vez o amigo e vai falar com o jovem chantagista. Fica então conhecendo sua irmã, Tonia, que se vê dividida: se por um lado está solidária com o irmão, por outro reconhece que o procedimento é errado.
Mário, apaixonado por Tonia, acaba se vendo num dilema. Mas tudo se resolve quando, por acaso, Mário encontra o pai de Paulo e descobre que ele não está gravemente doente. Bruno (pai de Mário) descobre a verdade e resolve ajudar a família de Tonia, com a condição de que Paulo volte à escola.
Anos depois, numa sessão de autógrafos – Paulo tornou-se escritor – , Mário relembra a história...