Romain Gary (nascido Roman Kacew, Vilnius, Lituânia, 8 de maio de 1914 — Paris, França, 2 de dezembro de 1980) foi um romancista, piloto da Segunda Guerra Mundial, diretor de cinema e diplomata francês. Como escritor usou os pseudónimos Émile Ajar, Fosco Sinibaldi, Shatan Bogat, René Deville e Lucien Brûlard, e foi o único escritor a receber duas vezes o Prêmio Goncourt, em 1956 e 1975 (nesta última vez sob o pseudônimo de Émile Ajar). Suicidou-se em Paris com arma de fogo.
As pipas, respectivamente o primeiro e o último romances de Romain Gary, a resistência durante a Segunda Guerra Mundial é contada a partir das impressões de dois adolescentes. Entretanto, esses textos não se resumem a narrativas de guerra. Trata-se, na verdade, de reflexões sobre a enorme dificuldade experimentada pelos homens para suportar a estrangeiridade, a diferença e a alteridade. A retomada do tema e dos cenários fecha um círculo na obra de Romain Gary. Os dois livros estão separados por um intervalo de trinta e cinco anos e unidos por inquietações semelhantes. A memória desempenha um papel fundamental: Romain Gary insistia em lembrar as desventuras do homem, talvez com o objetivo de estabelecer um novo conceito de humanidade.
Drama / História / Literatura Estrangeira