A obra de Verani desenvolve um pensamento dialético e denuncia as contradições do Direito, na sua aplicação prática. Por isso, não segue o positivismo jurídico, que é a consagração da ordem estabelecida sem se ater à sua legitimidade, e também não aceita o jusnaturalismo abstrato e metafísico. Verani fixa-se no segmento da violência institucional relacionada com verdadeiros "justiçamentos" feitos por policiais. Esses pretensos "justiceiros" ficam impunes, demonstra-o este estudo, por uma injustificável tolerância, de natureza ideológica, que, no fundo, acredita na violência explícita como uma justa resposta ao crime.