Assim é que se conta, uma reunião de contos que falam do cotidiano, com simplicidade e emoção. Contos de autores de ontem e de hoje, que têm em comum o domínio expressivo da narrativa sintética. São textos que tratam do dia-a-dia, favorecendo o trabalho com os alunos mais jovens. Histórias curtas e saborosas, repletas de humor, emoção, memória e solidariedade. A ironia divertida e a crítica social estão presentes em "A república de Coçação", de Domingos Pellegrini, em que uma epidemia de coceira ataca a quase todos num país imaginário. Alcântara Machado comparece com "Gaetaninho" - talvez o conto mais célebre de nossa literatura - que revela os sonhos de um menino da São Paulo antiga dos imigrantes italianos. A paulista Márcia Kupstas, em "Amigo gordo", fala da força da amizade que surge para compreendermos o que é diferente de nós. Já emoção não falta em "A letra A", de João Anzanello Carrascoza, no qual uma menina descobre significados bem diferentes para vogais e consoantes. Vivina de Assis Viana, em Internato, faz nossa imaginação acompanhar um menino que deixa a fazenda e os amigos, rumo a um novo destino e Machado de Assis brinda os leitores jovens com o singelo "Metafísica das rosas".