Auto da Compadecida

Esta edição comemorativa dos 50 anos do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, é revista pelo autor. Reúne textos de Braulio Tavares, Raimundo Carrero e Carlos Newton Júnior sobre a trajetória e a história desta peça que é um marco indiscutível da moderna dramaturgia brasileira. O projeto gráfico é enriquecido pelos desenhos e pinturas de Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano).

A peça chega a meio século de existência com a mesma vitalidade que possuía ao ser encenada pela primeira vez. Escrita em 1955, por um jovem autor paraibano radicado no Recife e que ainda não havia chegado à casa dos 30 anos, a peça estreou no Teatro Santa Isabel, em 11 de setembro de 1956. Depois, em janeiro de 1957, estreou no Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina, para participar do I Festival de Amadores Nacionais, promovido pela Fundação Brasileira de Teatro. Sensação do Festival, O Auto da Compadecida foi considerada uma obra-prima do teatro brasileiro, e Suassuna, até então conhecido basicamente no Recife, onde vinha se dedicando a escrever poemas e peças de teatro desde 1945, foi imediatamente alçado à condição de um dos nossos maiores dramaturgos.

Segundo o professor Carlos Newton Júnior é impossível precisar o número de encenações do Auto da Compadecida no Brasil e em outros países, ao longo desses 50 anos. A peça foi traduzida em diversos idiomas e encenada nos quatro cantos do mundo. Festejada pela crítica, entusiasticamente recebida pelo público, também recebeu muitos prêmios. O Auto foi ainda objeto de três versões cinematográficas:

A primeira, assinada pelo próprio Ariano e pelo diretor George Jonas, chegou às telas em 1969, sob o título A Compadecida, com cenários da arquiteta Lina Bo Bardi e figurinos de Francisco Brennand. No elenco, Armando Bogus e Antônio Fagundes, nos papéis de João Grilo e Chicó; Felipe Carone, como Padre João, Ary Toledo faz o Cangaceiro e Regina Duarte interpreta Nossa Senhora.

Edição especial revista pelo autor

Ficção / Literatura Brasileira