Auto dos Danados

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Em Auto dos danados (1985), Antônio Lobo Antunes encena a fragmentação de uma família tradicional ao mesmo tempo em que rompe a tradição da escrita romanesca, praticando uma tendência dupla da prosa portuguesa pós-75. Ao conceder a narração diretamente às personagens, o autor procede como um psicanalista a seus pacientes, fazendo do romance a sucessão progressiva e aleatória das falas dos membros de uma família patriarcal, retratados como criaturas humanas, demasiado humanas, que nos causam horror mas também compaixão, numa clave polifônica à Dostoievski. Tema, tons e tintas conferem à obra um lugar especial na literatura portuguesa contemporânea.

Literatura Estrangeira / Romance

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Resenhas para Auto dos Danados (1)

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Fabio Shiva

on 10/12/15

Antonio Lobo Antunes me foi recomendado por um jovem português bêbado que encontrei em um ônibus no Rio de Janeiro, quando eu mesmo estava bem ruim. Ele me garantiu que “Antonio Louva Antunes” (como entendi o nome do autor no pesado sotaque do amigo lusitano) era muito melhor que Saramago. É claro que fiquei doido para ler! Mas foi só um ano depois, em outra viagem ao Rio, que encontrei esse “Auto dos Danados” por R$ 2 em uma banquinha na Carioca. Li, e gostei, e também detestei! Uma p... leia mais