Pobre e órfão, foi educado pelo Barão de Aratanha que o matriculou no Ateneu Cearense, contudo, deixou os estudos para ser caixeiro-viajante.
Formado farmacêutico, em 1875, pela Faculdade de Medicina da Bahia, estabeleceu-se no Ceará, desenvolvendo logo o pendor para o cientificismo característico na sua obra.
Diplomado, dirigiu uma farmácia em Pacatuba, depois na capital. Foi mais tarde professor de ciências naturais na Escola Normal e membro de diversas sociedades culturais. Sua obra ficou marcada pelo exagero em que é mostrada a seca no nordeste e os tipos flagelados caracterizados com excesso.
Empreendeu, sem apoio governamental, uma campanha de vacinação contra a epidemia de varíola que se alastrava na cidade. Por causa disso, foi perseguido durante o governo de Antônio Pinto Nogueira Accioli, do qual era opositor, acusado de desmoralizar a autoridade que estava totalmente alheia ao sofrimento do povo cearense.
Tomou parte dos movimentos literários do Ceará, tendo pertencido, desde 1894, à Padaria Espiritual, entidade de fins literários e artísticos que se fundara em Fortaleza, dois anos antes, com o nome de "padeiro" Marcos Serrano. Foi historiador e romancista.
Foi membro fundador da Academia Cearense de Letras. É considerado um dos principais expoentes da literatura regional-naturalista do Brasil e um dos maiores nomes da literatura do Ceará. Em sua homenagem, o Centro Acadêmico de Farmácia da Universidade Federal do Ceará tem o seu nome.
Inventou a cajuína, bebida não-alcoólica popular principalmente no Piauí.