Depois de passar pelos campos de Brauschweig, Watenstadt e Ravensbruck entre 1943 e 1945, acabou confinado em Auschwitz, onde sua família foi dizimada. Dentre 200 parentes seus apenas ele e um primo sobreviveram. Na noite de 1º para 2 de maio de 1945 foi libertado pesando 28 quilos, com tuberculose nos dois pulmões, escorbuto e disenteria com sangue.
Após a queda do nazismo, o jornalista prometeu a si mesmo como objetivo de vida contar à humanidade o “capítulo de perseguições, atrocidades e matanças” instituído por Adolf Hitler.
Ben Abraham passou dois anos de sua vida sendo transferido em hospitais americanos pela Alemanha e conseguiu se recuperar miraculosamente. Segundo ele “foi milagre; naquela época nem existia cura para tuberculose”. Após a recuperação, o jornalista presenciou outro conflito pelo qual se tornou vitorioso: a guerra de Independência do Estado de Israel, em 1947.
Em 21 de Janeiro de 1955, Abraham se estabeleceu no Brasil e se naturalizou em 1957. No país casou-se e constituiu família.
Diante de seu trabalho e quinze livros relacionados ao Holocausto, o jornalista recebeu inúmeras homenagens das quais se destacam a Chave de Ouro do Memorial Yad Vashem de Jerusalém e a Medalha de Honra ao Mérito da Universidade de São Paulo.