Segundo ocupante da Cadeira 1, eleito em 7 de novembro de 1929, na sucessão de Luís Murat e recebido em 6 de maio de 1930 pelo Acadêmico Roquette-Pinto. Recebeu os Acadêmicos Oliveira Viana e Rodolfo Garcia.
Afonso d'Escragnolle Taunay, professor, historiador, tradutor, lexicógrafo, nasceu em Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, Santa Catarina, em 11 de julho de 1876, e faleceu, em São Paulo, em 20 de março de 1958.
Era filho de Alfredo d'Escragnolle Taunay, patrono da Cadeira 13, e Cristina Teixeira Leite Taunay, visconde e viscondessa de Taunay. Cursou a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde se formou em Engenharia Civil em 1900. Foi professor substituto da Escola Politécnica de São Paulo (1904) e professor catedrático na mesma Escola (1910). Exerceu inúmeros cargos: diretor do Museu Paulista a partir de 1917; diretor dos Museus do Estado de São Paulo desde 1923; encarregado do Governo Federal para reorganizar, em comissão, a Biblioteca e o Arquivo do Ministério das Relações Exteriores (1930); professor na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Universidade de São Paulo (1934-1937). Em dezembro de 1945 foi aposentado por decreto especial em que foi distinguido com o título de Servidor Emérito do Estado de São Paulo. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico de São Paulo, da Academia Paulista de Letras, da Academia Portuguesa de História e sócio correspondente de Institutos Históricos estaduais.
Dedicando-se aos estudos historiográficos, Afonso Taunay especializou-se como o grande mestre do bandeirismo paulista, do período colonial brasileiro e da literatura, da ciência e da arte no Brasil,tendo também escrito uma monumental “História do Café”. Foi também um lexicógrafo de reconhecido mérito, especializado sobretudo na terminologia científica. Sua vasta cultura permitiu-lhe preparar reedições comentadas de autores históricos.