Charles Cosac é um famoso empresário brasileiro do setor editorial, fundador da editora Cosac & Naify.
Herdeiro de Mustafá e Vitória Cosac, magnatas da mineração de cristais, ferro e manganês, criou a primeira coleção pública de arte latino-americana da Europa, foi vice-presidente do IAC (Instituto de Arte Contemporânea), em São Paulo, possui uma das maiores coleções de arte do país e foi convidado a ser o curador do Brasil na Bienal do Mercosul. Recebeu o prêmio "Gente que faz" do jornal O Globo e foi considerado a Personalidade Cultural do ano, pela Editora Abril.
De acordo com o ministro e presidente da Academia Brasileira de Letras Marcos Vilaça: "Charles Cosac é um bem cultural que deveria ser tombado".
Charles exilou-se ainda adolescente na Inglaterra por mais de uma década, dedicando-se à vida intelectual e acadêmica. Cresceu entre o Rio de Janeiro, e a mansão da família em Petrópolis.
Após anos em um internato na Inglaterra, o jovem Charles Cosac graduou-se na Universidade de Essex. Realizou estágio de um ano no concorrido curso de mestrado em arte da famosa Sotheby's, em Nova York. Realizou seu doutorado na Rússia, na área de teoria e história da arte, sobre o artista russo Kasimir Malevitch, sendo recebido pelo Departamento de Filologia da Universidade de São Petersburgo.
Na Universidade de Essex, Charles Cosac fundou a Coleção de Arte Latino-Americana da Universidade de Essex, a partir de sua doação do quadro "Memória" de Siron Franco. Esta coleção é a primeira e maior coleção pública de arte latina do continente europeu.
No Brasil, com seu cunhado Michael Naify, fundou a editora Cosac & Naify.
Conhecido por suas excentricidades, mandou incrustar pedras preciosas em seus dentes e possui um colar feito com ossos dos dedos de seu avô. Louco por moda, compra coleções inteiras de estilistas que o agradam como Alexandre Herchcovitch. Seu mega-apartamento duplex de mais de 1.200 m2 em uma das mais tradicionais e valorizadas avenidas de São Paulo, que já foi capa de revistas internacionais como a Elle inglesa, abriga inúmeras obras de arte contemporâneas de artistas como Siron Franco, Tunga, Lygia Clark e Franz Weissmann ao lado de peças barrocas do século XVIII.