Francisco J. C. Dantas é de origem rural; nasceu no engenho do avô em Riachão do Dantas, Sergipe, a 18 de outubro de 1941, e só entrou na Universidade aos 30 anos, quando já era casado e pai de uma menina.
É arredio e reservado. Escritor do seu chão, sempre conviveu indiscriminadamente com bichos e livros.
Autodidata, foi menino de bagaceira, diretor de escola, cavaleiro de pastos solitários, tabelião, foleador de formiga pelas madrugadas, caçador de alguns viventes noturnos e diurnos - fotógrafo. Montou laboratório apenas para reter a memória dos tempos que findavam; daí que tentasse evitar que amarelassem, agarrando-os na palavra.
É árvore de raiz funda e só deixou o Sergipe para mestrado e doutoramento; de uma feita voltou com tese sobre Osman Lins e, de outra, sobre Eça de Queiroz.
É professor na Universidade Federal de Sergipe mas peleja mais com animais que com gente; na roça tem criatório de bichos miúdos e graúdos, para os quais ouvido e faro são sempre apurados. Tem publicado contos e ensaios em revistas especializadas.
Lançou ainda dois romances pela Companhia das Letras, Cartilha do silêncio (1997) e Os desvalidos (1993).
Recebeu em 2000 o Prêmio Internacional União Latina de Literaturas Românicas.