Selma Lagerlöf foi uma escritora sueca, nascida na província de Värmland, numa propriedade chamada Mårbacka, que seus pais administravam. Seu pai, o tenente Erik Gustaf Lagerlöf, era um homem alegre, original e divertido, e sua mãe, Luísa Wallroth, filha de um rico industrial da região. Em 1885, a família de Selma, mediante a doença do pai e as dívidas do irmão Johan, perdeu Mårbacka. Secretamente, Selma desejava trabalhar o suficiente para recuperar a propriedade da família. Foi auxiliada pela baronesa Sophie Lejonhufvud Adlersparre (Esselde), que a incentivou a publicar seus versos em Dagny, a revista literária feminista fundada por ela. Em 1890, participou de um concurso de contos com alguns capítulos de um romance que estava escrevendo, e ganhou seu primeiro prêmio em dinheiro. Em 1891, publicava o romance completo, A Saga de Gösta Berling.
Após o sucesso, vieram Os Laços Invisíveis, em 1894, uma coleção de contos. Desses, o mais popular foi A Penugem. Nessa ocasião, em Estocolmo, Selma conhece Sofia Elkan, escritora de romances históricos, com a qual manterá correspondência e amizade pelo resto da vida. A partir dessa época escreveu Os Milagres do Anticristo, em 1897, na Itália, considerado uma crítica ao socialismo siciliano, e Lenda de uma Quinta Senhorial, em 1898, concebido sobre o tema de A Bela e a Fera. Entre 1900 e 1902, publicou os dois volumes de Jerusalém, após uma viagem ao Egito e à Palestina, e posteriormente Escudos do Senhor Arne, As Lendas de Jesus Cristo e O Livro das Lendas. Já então era considerada uma das maiores escritoras suecas. Em 1909, foi condecorada com o Nobel de Literatura, sendo a primeira mulher a receber esta honra.