Adonias Filho foi um jornalista, crítico literário, ensaísta e romancista brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras.
Como escritor, buscou inspiração para as suas obras de ficção na zona cacaueira próxima a Ilhéus, interior da Bahia, local onde nasceu e passou sua infância. Esse ambiente é notado logo no seu romance de estréia, "Os servos da morte", publicado em 1946. No romance, aquela realidade serviu-lhe apenas para recriar um mundo carregado de simbolismo, nos episódios e nos personagens, encarnando um sentido trágico da vida e do mundo.
A utilização de recursos altamente originais e requintados, adaptados à violência interior de seus personagens, faz de Adonias Filho um integrante do grupo de escritores que, a partir de 1945, a terceira fase do Modernismo, se inclinaram para um retorno a certas disciplinas formais, preocupados em realizar a sua obra, por um lado, mediante uma redução à pesquisa formal e de linguagem e, por outro, em ampliar sua significação do regional para o universal.
Adonias Filho foi consagrado com o título de imortal pela Academia Brasileira de Letras, recebendo em 23/05/1969 a posse da cadeira 21 pelas mãos do acadêmico Jorge Amado.