"A poética de Matheus é feita sob o signo de um que se vê cidadão do mundo, impera a subversão constante da oposição cidade–campo, já que ele circula habilidoso por esses dois polos; fala de rinocerontes ou corpos dissidentes, associa ciborgues e libélulas e atenta sempre para a margem, onde estiver, seja no interior de Minas ou na grande São Paulo. Vem uma escrita que descreve frames das mais discrepantes experiências. As enumerações desses frames estão em todos os poemas. Recorrem a esse efeito de estranhamento cinematográfico, lembrando–me da montagem de October, do Eisenstein. Há um peregrinar de afetos entre as áreas do conhecimento que emergem no poema e são amplas as extensões dessa coleta de signos."
Poemas, poesias