As aventuras de Bambolina

As aventuras de Bambolina Michele Iacocca


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As aventuras de Bambolina


Uma história sem palavras




O italiano Michele Iacocca, radicado no Brasil há mais de quarenta anos, é um ilustrador de livros infanto-juvenis reconhecido pela excelência de seu trabalho, tendo realizado em co-autoria com sua mulher, Liliana Iacocca, diversos títulos de sucesso.

Michele acaba de lançar uma obra em tudo especial: As aventuras de Bambolina - uma história sem palavras. "Com a Bambolina eu quis propor um outro tipo de leitura", afirma o ilustrador. Isso porque não há na historinha uma única palavra, mas apenas e tão-somente imagens, que mostram algumas situações com as quais uma colorida boneca tem de conviver. São bem distintas as intenções e sentimentos - nem sempre nobres - de seus sucessivos "donos".

"Ler este livro é como ler a realidade que nos circunda, a cidade, os lugares, as circunstâncias, as pessoas, o nosso mundo ou, pelo menos, o pedaço dele em que vivemos. Primeiro com os olhos, depois com a emoção", pondera o autor.

As primeiras mãos que sustentam Bambolina são as de uma menina que a despreza por ter acabado de ganhar uma boneca nova. Depois, aparece um homem barbudo e ganancioso que se presta apenas a usar a boneca para arrecadar algumas moedas. A seguir, Bambolina cai nas mãos de crianças sem-teto que, diante da desconfiança e insensibilidade de alguns policiais, perdem-na para eles - estes chegam a abrir a barriga de Bambolina à procura de algo um tanto indefinido.

Totalmente ao relento, desprezada, a personagem é salva por um lixeiro - este podendo ser associado à morte -, que só precisa levá-la embora. E por não ter interesse egoísta algum, completa o ilustrador, age com o coração e salva Bambolina.

"Quanto ao subjetivo da história, quem já não se sentiu jogado fora, trocado, abandonado por egoísmo, interesse ou covardia? E quantos já jogaram fora, chutaram, abandonaram e, quando quiseram de volta, não encontraram mais o que tinham desprezado?", reflete Michele Iacocca.

Certamente porque prescindiu de palavras, o autor teve que privilegiar o caráter simbólico das ações. "O roteiro, praticamente, nasceu feito, com os personagens, o cenário, as situações, os comportamentos e a idéia de morte, renascimento e recuperação de si mesmo. A magia da história está na simbologia e na carga literária da própria imagem. Que amplia realmente a leitura, a faz sugestiva e subjetiva e, por isso, a transforma numa obra aberta

Infantil

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