Se você nunca leu Kenzaburo Oe, não comece por Adeus, meu livro! esse é o segundo livro de uma trilogia autobiográfica, iniciada com A substituição ou as Regras do Tatame, de 2022. Começar pelos contos, pode ser uma boa introdução. Mas, vamos à experiência com a leitura de Adeus. Aqui, temos o alter ego de Oe, Kogito Choko, que nos conduz por um texto cheio de reflexões e diálogos com seu amigo de infância, Shigeru Tsubaki, que nem sempre foi tão seu amigo assim. Choko, recém-saído do hospital, está se recuperando de um ferimento e ambos vão passar um período em uma casa de veraneio, perto de Tóquio. Outras personagens circundam a história que, em alguns momentos, parece meio desconectada da realidade. Mas, quando analisamos passado e presente para “calcular” o futuro, é isso mesmo o que acontece. Os dois, Choko e Shigeru, chegando à velhice, falam sobre tudo: arquitetura, já que Shigeru é arquiteto, muita literatura, cinema, música, política, guerras, família, suicídio e, claro, envelhecimento. Kogito, pacifista, enfrenta um dilema: participar ou não de um ato político violento? O título Adeus, meu livro! foi “emprestado” do último parágrafo de O dom, de Vladimir Nabokov.
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Quote: “Sem ter vivido a experiência, já era a exata imagem de um velhinho sem fé. Chorando daquela forma pelo efeito do álcool, Kogito imaginou o fundo de seu peito se tornando bem mais desolado do que no início de seus cinquenta anos, como o de alguém rabujando em direção a algo distante.”
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Oe, Kenzaburo: nasceu em 1935, no vilarejo de Ose, no Japão. Perdeu o pai em 1944, em combate na Segunda Guerra Mundial. Formado em Literatura Francesa pela Universidade de Tóquio, começou a escrever em 1957 publicando os seus primeiros textos em revistas literárias e, já no ano seguinte, conquistou o prêmio Akutagawa para melhor conto. Ganhador do prêmio Tanizaki em 1967 e do Prêmio Nobel em 1994, sua obra é riquíssima, com temas como o não conformismo, o choque cultural e o isolamento individual e social no Japão moderno. O nascimento de seu primeiro filho, Hikari, com uma má formação cerebral que comprometeu seu desenvolvimento cognitivo afetou sua vida e carreira. Morreu em março de 2023, aos 88 anos.
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vdeo com erro?
Se você nunca leu Kenzaburo Oe, não comece por Adeus, meu livro! esse é o segundo livro de uma trilogia autobiográfica, iniciada com A substituição ou as Regras do Tatame, de 2022. Começar pelos contos, pode ser uma boa introdução. Mas, vamos à experiência com a leitura de Adeus. Aqui, temos o alter ego de Oe, Kogito Choko, que nos conduz por um texto cheio de reflexões e diálogos com seu amigo de infância, Shigeru Tsubaki, que nem sempre foi tão seu amigo assim. Choko, recém-saído do hospital, está se recuperando de um ferimento e ambos vão passar um período em uma casa de veraneio, perto de Tóquio. Outras personagens circundam a história que, em alguns momentos, parece meio desconectada da realidade. Mas, quando analisamos passado e presente para “calcular” o futuro, é isso mesmo o que acontece. Os dois, Choko e Shigeru, chegando à velhice, falam sobre tudo: arquitetura, já que Shigeru é arquiteto, muita literatura, cinema, música, política, guerras, família, suicídio e, claro, envelhecimento. Kogito, pacifista, enfrenta um dilema: participar ou não de um ato político violento? O título Adeus, meu livro! foi “emprestado” do último parágrafo de O dom, de Vladimir Nabokov.
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Quote: “Sem ter vivido a experiência, já era a exata imagem de um velhinho sem fé. Chorando daquela forma pelo efeito do álcool, Kogito imaginou o fundo de seu peito se tornando bem mais desolado do que no início de seus cinquenta anos, como o de alguém rabujando em direção a algo distante.”
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Oe, Kenzaburo: nasceu em 1935, no vilarejo de Ose, no Japão. Perdeu o pai em 1944, em combate na Segunda Guerra Mundial. Formado em Literatura Francesa pela Universidade de Tóquio, começou a escrever em 1957 publicando os seus primeiros textos em revistas literárias e, já no ano seguinte, conquistou o prêmio Akutagawa para melhor conto. Ganhador do prêmio Tanizaki em 1967 e do Prêmio Nobel em 1994, sua obra é riquíssima, com temas como o não conformismo, o choque cultural e o isolamento individual e social no Japão moderno. O nascimento de seu primeiro filho, Hikari, com uma má formação cerebral que comprometeu seu desenvolvimento cognitivo afetou sua vida e carreira. Morreu em março de 2023, aos 88 anos.
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