Brat Pack

Brat Pack Rick Veitch


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Brat Pack





A década de 80 foi território fértil para a desconstrução do mito dos super-heróis. Alan Moore atacou seus pedestais de barro em "Watchmen" e Frank Miller vislumbrou um futuro cínico e sombrio em "O Cavaleiro das Trevas". Na década seguinte, Rick Veitch criou "Brat Pack".

"Brat Pack" é contemporânea à época que a DC Comics decidiu matar Robin, o parceiro juvenil de Batman. Houve uma votação entre os fãs e o resultado foi que Jason Todd encontrou seu fim nas mãos do Coringa. Estava aberta a temporada de caça aos parceiros mirins. Como Neil Gaiman aborda em seu prefácio, havia muito mais por trás do episódio do que a simples morte de um personagem.

Outro acontecimento marcante do período foi quando Estrela Polar, um dos membros da Tropa Alfa, assumiu publicamente sua homossexualidade. Um fato que chama a atenção de Gaiman nesses dois casos é a febre dos colecionadores que se seguiu, fazendo com que as revistas relacionadas atingissem preços estratosféricos, além da pronta substituição do jovem herói morto.

Nos anos 80, Veitch assumiu a difícil tarefa de suceder Alan Moore na série mensal do Monstro do Pântano. Ele continuou a abordagem de Moore no título, combinando horror e fantasia com questões ecológicas e aos poucos começou a inserir seu próprio ritmo nas histórias. Mas a parceria do autor com a DC Comics se encerrou quando a editora censurou uma das histórias de Veitch, na qual o Monstro do Pântano se encontraria com Jesus Cristo. A edição foi considerada ofensiva e cancelada na última hora.

Tudo isso se reflete em "Brat Pack". Trata-se de uma crítica à ingenuidade das histórias em quadrinhos, à comercialização, à morte e pronta substituição dos personagens, à censura, à avidez dos colecionadores e à estranha necessidade de super-heróis adultos pela companhia de jovens e inocentes parceiros mirins. "Brat Pack" é ácida, cínica, sangrenta e não poupa ninguém. Ilustrada pelo próprio Veitch em tons de cinza, a obra é um tapa na cara de qualquer fã mais conservador das histórias em quadrinhos tradicionais.

A história de "Brat Pack" começa imitando a realidade: um locutor de rádio abre uma votação para saber se os parceiros mirins dos maiores heróis da cidade de Slumburg devem viver ou morrer. O veredicto é a morte, e é esse o fim que os jovens heróis encontram, com a participação do enigmático e bizarro Doutor Blasfêmia.

Slumburg viveu dias de glória quando estava sob a proteção do poderoso Trueman, o maior de todos os super-heróis. Porém Trueman desapareceu do planeta e foi substituído por Doninha Noturna, Senhora da Lua, Rei Rad e Juiz Júri – que juntos mantêm as ruas seguras, mas para tanto empregam métodos extremos e violentos. Quando seus parceiros Chippy, Luna, Selvagem e Kid Vício são mortos, começa a procura por substitutos – afinal, há lucrativos contratos de licenciamento em jogo. Quatro novos garotos inocentes são selecionados e embarcam em um mundo de dor, desilusão e perversão.

HQ, comics, mangá

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"Bem e Mau; são só negócios no capitalismo!"
on 28/8/22


Esta obra como Watchman e The boys(exemplo recente), ataca o conceito e preceitos do que são herois nos HQs. Gostei, achei maçante em alguns momentos, mas vale o esforço.... leia mais

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Tito
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24/01/2009 17:07:54
caarolparker
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04/02/2020 09:08:12

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