O proletariado não tem comparecido nas lutas de classe como o inimigo da burguesia o que, de fato, é. Por que? Onde se encontram os operários? Cadê os operários? explora essa questão, primeiro, expondo como, desde 1500, as classes trabalhadoras no Brasil têm conhecido uma peculiar evolução histórica. Depois, mostrando como a “aristocracia operária” é o resultado “natural” do desenvolvimento do capitalismo. A “República dos sindicalistas” nada mais é do que a expressão da colaboração de classe da aristocracia operária com o grande capital. Fenômeno típico dos países imperialistas centrais no século 20, essa colaboração se instalou entre nós.
Diferente do que ocorre nos países capitalistas desenvolvidos, a “República dos sindicalistas” exigiu a extinção do campesinato, tradicional reserva política das classes dominantes, e sua substituição por um jovem e inexperiente proletariado, localizado nas periferias dos centros urbanos e em pequenas cidades do interior (Toledo, no Paraná, Toritama, em Pernambuco, etc.). Um novo conjunto de contradições entre o capital e o trabalho está amadurecendo em nosso país e novas possibilidades revolucionárias se anunciam no horizonte. Esse é o objeto de Cadê os operários?.
Contra-capa:
Se o proletariado é a classe revolucionária, por que não comparece como inimigo de classe da burguesia nas lutas dos nossos dias? Por que a classe operária tem sido parte da base eleitoral dos partidos que representam o grande capital? Cadê os operários? examina essas questões partindo de uma breve análise das classes trabalhadoras no Brasil e do desenvolvimento da sua “aristocracia operária”.
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