Na superfície calma desses poemas, escritos com precisão e cuidado, há uma espécie de melancolia em que muitos de nós nos reconhecemos. Alguma coisa entortou no mundo, e já não é de hoje. Observar este cotidiano torto, que nos atravessa, é uma das artes do poeta Tarso de Melo. E nesse caminho ele deixa um travo amargo nos olhos e ouvidos do leitor.