Cânticos

Cânticos Cecília Meireles
Cecília Meireles


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Cânticos





Cecília Meireles escreveu em 1927 estes Cânticos, conjunto de 27 poemas que representam um singular ponto de inflexão em sua obra literária. Enquanto a maior parte de sua poesia foi concebida em torno da fugacidade do tempo, do desconforto da condição humana, neste livro nossa maior poeta se exercitou numa essencialidade de matriz oriental e índole filosófica. São versos impulsionados por uma procura mística, um exercício de autoconhecimento e autotransformação guiado principalmente pela recusa dos valores que a sociedade do consumo exalta a todo o momento. Em poemas breves, Cecília Meireles sugere a cada um de nós o cultivo e a preservação dos valores humanitários, a harmoniosa comunhão com a natureza, a plenitude existencial, a paz interior e a liberdade.

Não digas que és dono
Sempre que disseres
Roubas-te a ti mesmo.
Tu, que és senhor de tudo...
Deixa os escravos rugirem,
Querendo.
Inutiliza o gesto possuidor das mãos.
Sê a árvore que floresce
Que frutifica
E se dispersa no chão.
Deixa os famintos despojarem-te.
Nos teus ramos serenos
Há florações eternas
E todas as bocas se fartarão.

Literatura Brasileira / Poemas, poesias

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São 26 poemas que eu faria (e farei) a leitura todos os dias de tão bom. Aqui Cecília nos entrega um livro curto, mas muito marcante. São poemas sublimes e de alto conhecimento de si, de nós, da vida. Cecília é Cecília e isto basta, a mulher é gigante.... leia mais

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Cadu
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