(Eu queria que tu soubesses dessa blindagem que eu carrego em mim. Dessa capa que me protege e envolve corpo, alma, palavras, tudo. Essa casca impenetrável com jeito invencível, mas que por dentro chora e se desmancha. É... eu queria mesmo dizer-te que essa que tu vês daí da altura dos teus olhos, é, no fundo, uma finitude; uma substância etérea prestes a diluir-se e ser esquecida, porque nada mais é do que um mero desvio de si mesma. Mas no fundo eu também queria pedir-te, voraz, com todo o meu silêncio: não te desvies de mim.)
- Estou bem, obrigada.