Do encontro do corpo, no apartamento onde moravam, ao enterro no dia seguinte, Vitória, já adulta, passeia pelas sensações e angústias que a perda da mãe pode ocasionar em uma menina de nove anos, tão jovem e frágil, mas que se faz forte diante das inseguranças que a vida lhe apresenta.
Sem pai – falecido antes de seu nascimento – e agora sem mãe, tendo que conviver com uma tia ausente que pouco lhe traz segurança, a menina vai crescendo sem alicerce e se abandona ante a própria vida, repetindo o abandono antes criado pelo adulto que se foi, e se torna reflexo da revolta por ter sofrido uma perda tão drástica.