Aclamada internacionalmente, a biografia definitiva sobre Che Guevara, de Jon Lee Anderson, consegue transcender e retratar em detalhes um ser humano complexo. Em edição revista e atualizada pela Editora Objetiva, Che Guevara - uma biografia conta com uma nova introdução, um epílogo inédito, mapas revisados e uma cronologia atualizada da vida do ícone latino americano. No novo epílogo, Lee Anderson reflete sobre a situação atual da América Latina, em especial sobre Cuba, e avalia a imagem de Che nos dias atuais.
Em sua busca para descobrir quem era o verdadeiro líder revolucionário, Anderson se mudou para Havana e teve acesso a arquivos pessoais mantidos pela viúva de Che. Passou meses com velhos amigos de Che na Argentina, entrevistou seus companheiros de luta em Cuba, no Congo e na Bolívia, e conversou com personagens dos dois lados da Guerra Fria, em Moscou e na CIA.
"Quem foi esse homem que abriu mão de tudo que estimava para lutar e morrer em um campo de batalha estrangeiro? Aos 36 anos deixou para trás esposa e cinco filhos, um cargo ministerial e uma posição de comandante para iniciar novas revoluções. E em primeiro lugar, o que impeliu um intelectual argentino bem-nascido, com um diploma de médico, a tentar mudar o mundo? Desvendando os mistérios da história de vida de Che, seria possível elucidar alguns dos mais fascinantes episódios da Guerra Fria e pôr em um foco mais nítido um de seus personagens centrais.", questiona-se o jornalista, que optou vasculhar a trajetória do personagem para desmitificar leituras ideológicas favoráveis ou contrárias a Che.
Publicado originalmente em 1997 e eleito o livro do ano pelo New York Times, a biografia traz informações que durante muito tempo permaneceram em sigilo, como a que revela como o corpo de Che havia sido escondido depois de seu assassinato em 1967. Lee Anderson conta como o corpo foi recuperado e enterrado no local de sua batalha mais célebre, reconstituindo em detalhes o retorno, 30 anos depois, dos restos mortais a Cuba.
Passados quase 35 anos da morte do líder guerrilheiro, sua imagem permanece sendo evocada em souvenires, estampando de camisetas a canecas, e no discurso político da esquerda latino-americana, em especial em Cuba, Venezuela e Bolívia, reforçando a estratégia nacionalista que sustenta os governos de Hugo Chávez, Evo Morales e Raúl Castro, substituto de Fidel.
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