A relação das cidades com redes não é um fato novo. Toda forma urbana configura-se a partir das mais diversas redes técnicas e sociais. Não se trata de uma nova cidade ou da destruição das velhas formas urbanas, mas de reconhecer a instauração de uma dinâmica que faz com que o espaço e as práticas sociais sejam reconfiguradas com a emergência das novas tecnologias de comunicação e das redes telemáticas. O desafio é criar formas efetivas de comunicação e de reapropriação do espaço físico, reaquecer o espaço público, favorecer a apropriação social das novas tecnologias de comunicação e informação e fortalecer a democracia contemporânea com experiências de governo eletrônico e cibercidadania.
Esta revolução na infra-estrutura urbana é uma das mais fundamentais mudanças no desenvolvimento das redes urbanas desde o começo do século passado. O resultado é o movimento em direção ao gerenciamento em tempo real e ao desenvolvimento das redes hiperconectadas. Atualmente, as tecnologias sem fio têm causado novas transformações na mobilidade urbana e, consequentemente, novos desenhos das cdades. Estas entram na era da computação ubíqua com os celulares 3G, Wi-Fi, Wi-Max, RFID, bluetooth. As métropoles estão se tornando cibercidades "despligadas". Nas cdades contemporâneas, os tradicionais espaços de lugar (rua, praças, avenidas, monumentos) estão, pouco a pouco, se transformando em ambiente generalizado de acesso e controle da informação.
A cidade é uma "máquina de comunicar".