City

City Alessandro Baricco


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As histórias se entrelaçam, as narrativas se atropelam, se encaixam, se revezam num ritmo desconcertante, os fluxos de pensamento dos personagens se combinam e formam uma estrutura parecida com uma cidade. City, primeiro livro do autor italiano cuja ação se passa, pelo menos em parte, nos dias atuais, foi construído como uma cidade: as histórias são bairros, os personagens são ruas que, às vezes, começam e morrem num espaço, outras atravessam a cidade inteira, enfiando-se em lugares e mundos, que não têm nada a ver umas com as outras e, todavia, são a mesma metrópole. Elas levam a várias situações, que o leitor viaja, refazendo seus caminhos, visitando cada sentimento. Segundo Alessandro Baricco, o título expressa o que esta obra sempre representou na sua cabeça. "Não uma cidade precisa. Antes a marca de uma cidade qualquer."
A telefonista Shatzy Shell é a primeira a ser apresentada. Trabalha na CRB, editora das aventuras de Ballon Mac, super-herói dentista que à noite luta contra o Mal, graças aos poderes peculiares de sua saliva. A atividade de Shell consiste em perguntar aos leitores: "Mami Jane tem de morrer?" A enquete definiria o destino da mãe do famoso personagem. É assim que conhece Gould, um garoto de 13 anos, superdotado, já cursando faculdade. Shatzy e Gould estabelecem um laço de empatia e o menino a convida para ser sua governanta. Os dois juntam-se aos amigos do pequeno gênio: o gigante Diesel e o mudo Poomerang.
A narrativa faz com que a relação entre todos percorra desvios, que remetem a lembranças e sensações muito particulares. Diversos personagens periféricos são inseridos na trama como num devaneio. O professor Mondrian Kilroy é um deles. Membro do corpo docente da universidade onde Gould estuda, escreve um ensaio sobre a honestidade intelectual. Baricco declara que o assunto o interessa bastante: "É uma autodenúncia, uma maneira de me ver ao espelho."
O autor também descreve cenas de um western imaginado por Shatzy, táticas e jogadas de futebol, que mobilizam alunos e professores, sonhos, desejos, virtudes, defeitos e confissões de pessoas. Um livro que se move como alguém que se perde numa cidade.

Ficção / Literatura Estrangeira

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Resenhas para City (2)

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Ficção dentro da ficção
on 8/8/10


Positivamente Alessandro Baricco tem múltiplas facetas. Quando li Seda , achei que ele era um poeta mágico – sempre que eu me lembro desse livro me sinto levitar . Já no segundo livro que li: Novecentos, achei que era o filosofo quem escrevia ( e ele é,realmente, um filósofo ). Agora, no livro City, no início, eu o considerei um escritor brincalhão ( sério,mas brincalhão) . O livro inicia com um encontro um tanto quanto inusitado entre Sahtzy - uma jovem que encontra consolo na fig... leia mais

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Desejam4
Trocam3
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Ana
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03/06/2009 16:58:37
Valtemario
editou em:
07/05/2020 10:52:28

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