“Numa clara manhã de quinta-feira à noite, acordei e sonhei que tinha morrido; meu galo vermelho põe um ovo e me chama cocorocó e me tira da cama; vesti a roupa para meu enterro, uma festa bem simples com muito luxo; os convidados contentes choram o tempo inteiro até os mais pobres cheios do dinheiro; quando a banda tocou gelatina de osso, todos nós sentamos para dançar, aí apareceu uma batata Argentina sem roupa com calça de gabardina; que bom ver você novamente – falei - e a primeira vista me apaixonei, vamos comer que morro de sede – ele disse – e de uma só bocada comi o infeliz; veja o que fez comigo – gritou o crocodilo – comeu o estranho, meu melhor amigo; eu não fiz isso – sorri arrependida – e não vou fazer de novo é o que lhe digo; como tenho pressa, demoro a contar, a batata Argentina pudemos salvar, aí o crocodilo fez o nosso casamento e ficamos solteiros no mesmo momento; eu sabia, sabia, eu tinha certeza, por isso gritei muito surpresa: aí vem um bebê sem nenhum cabelo com um topete na testa como um novelo; eu sou mentirosa, mas a estória é verdade e o fim acontece antes da metade; se você acreditou nessa mentira verdadeira recomece do fim toda brincadeira”.