Como Viver

Como Viver Michel de Montaigne
Sarah Bakewell


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Como Viver


Ou uma biografia de Montaigne em uma pergunta e vinte tentativas de resposta




Como ter um bom relacionamento com as pessoas, como lidar com a violência, como se adaptar à perda de um ente querido - essas questões fazem parte da vida da maioria das pessoas. E todas elas derivam de outra ainda maior: Como viver? A pergunta, que dá título ao livro de Sarah Bakewell, é o ponto de partida da escritora e pesquisadora de livros raros para a biografia pouco convencional de um dos mais importantes pensadores do Renascimento: Michel Eyquem de Montaigne (1533-92).

O mesmo questionamento foi fonte de obsessão para pensadores do século XVI, principalmente para Montaigne, apontado como o primeiro indivíduo verdadeiramente moderno. Homem da nobreza, alto funcionário público e dono de um vinhedo, ele traduziu em palavras seu pensamento e sua experiência, e o resultado foi um marco de ruptura com o passado medieval e a instauração de um pensamento reflexivo, que marcou o protótipo do homem renascentista.

Excêntrico, preguiçoso, inconsistente, esquecido, Montaigne é o filósofo que quebrou um tabu e falou de si mesmo em público. Mais de quatrocentos anos depois, a honestidade e o charme do ensaísta francês continuam atraindo admiradores. Leitores o procuram em busca de companhia, sabedoria, entretenimento - e em busca de si mesmos.

O livro relata a história de sua vida por meio das perguntas que ele mesmo se fez e das tentativas para responder as questões formuladas. Como viver é uma fonte de pequenos conselhos: ler muito, mas manter a mente aberta; ser sociável, mas reservar a si um "quartinho" próprio; observar o mundo a partir de ângulos diferentes, evitando assim rigidez nas crenças. Embora não tenha encontrado uma resposta definitiva, Montaigne nunca deixou de fazer a pergunta "como viver?", isto é: como balancear a necessidade de sentir-se seguro à necessidade de sentir-se livre?

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on 31/10/20


Porque Era Ela, Porque Era Eu, de Chico Buarque, uma das faixas do álbum Carioca (2006), remete para o pensador francês Michel de Montaigne (1533-1592). O personagem de Chico resumia naquela frase tudo o que não sabia explicar na relação com a mulher, numa canção que é bastante curta, sintética. Montaigne de fato escreveu “Porque era ele, porque era eu”, uma fraterna declaração a um amigo que morreu aos 33 anos, jovem demais, mesmo para a época. Foi desse modo que resumiu a profunda am... leia mais

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ANA AZEVEDO
cadastrou em:
23/02/2012 23:29:12

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